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Novo tratamento para insuficiência cardíaca

Neste post vou falar sobre uma novidade no tratamento da insuficiência cardíaca – o coração fraco – que está se consolidando cada vez mais. É uma classe de medicações conhecidas como gliflozinas. As gliflozinas começaram a ser ativamente desenvolvidas na década passada e culminando em vários compostos como a empagliflozina, a dapagliflozina e a canagliflozina. Medicações estas que estão disponíveis no Brasil. Essas medicações proporcionam a eliminação do açucar do sangue na urina. Como se pode imaginar, o propósito dessas medicações era para o controle do diabetes e funcionaram muito bem para isto.

Um problema importante na insuficiência cardíaca é a retenção de água. Essa retenção ocorre nos pés, pernas, barriga. Ocorre também no pulmão – é a água do pulmão – levando a falta de ar. O paciente nesse estado não consegue deitar direito por sentir falta de ar, precisa colocar travesseiros para conseguir dormir. As vezes tem de levantar e abrir a janela para melhorar a falta de ar. O fôlego para o dia-a-dia progressivamente vai se perdendo. Logo se torna difícil para caminhar no plano, mesmo distâncias curtas e em alguns casos até trocar de roupa passa a ser um desafio.

Mas surgiu a pergunta, será que as gliflozinas seriam capazer de junto com o açucar eliminar água? Os testes com essa nova medicação foram muito bons. Publicados nas maiores revistas médicas se mostraram revolucionárias para pacientes com insuficiência cardíaca. Foi constatado que essas medicações reduzem as internações pelas descompensações do coração. Os pacientes que usaram essas medicações também viveram mais do que quem não tomou.

Inicialmente foram testadas em pacientes diabéticos com coração fraco. Mas logo os testes foram expandidos para pacientes não diabéticos. Se mostraram efetivas em todos os perfis de pacientes – não diabéticos e diferentes formas de insuficiência cardíaca – chegando ao ponto das diretrizes recomendarem as gliflozinas como umas das primeiras medicaçoes no tratamento da insuficiência cardíaca.

Você reconheceu alguém com esse perfil de sintomas? Vamos agendar uma conversa e avaliar o que podemos fazer para que você viva mais e com melhor qualidade de vida.

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Infarto em jovem

O infarto agudo do miocárdio é o entupimento das artérias do coração levando a interrompimento do fornecimento de sangue e com isso a morte do parte do músculo do coração. Em geral, é mais comum em homens e na idade de 50 anos de idade ou mais. Nas mulheres podem haver casos mais comumente a partir de 60 anos de idade.

Infarto em jovens é raro. Uma das causas de infarto em jovens são drogas como cocaína que podem provocar um fechamento das artérias. Fora drogas de abuso - os dois principais fatores de risco são o cigarro e a herança familiar. O cigarro induz o aparecimento de placas de gordura nas artérias mesmo em pessoas mais jovens. Essas placas podem se romper levando ao entupimento da artéria.

E o que significa ter herança familiar? É quando você tem um parente de primeiro grau (pai, mãe ou irmãos) que tiveram infarto jovem - menos de 55 anos para parentes homens e menos de 65 anos para parentes mulheres. Nesses casos existe uma chance de você compartilhar um gene que aumenta seu risco de infarto.

Não podemos mudar nossa herança genética, mas podemos sim buscar conhecer o nosso risco individual de doença cardiovascular. Podemos sim mudar nossos comportamentos reduzindo a chance de que um dia venhamos a ter um infarto. Para o primeiro devemos buscar a avaliação de risco cardiovascular e a primeira vez é indicado a partir dos 20 anos de idade. Para o segundo devemos conhecer os nossos fatores de risco e colocar em prática estratégias para reduzi-las.

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Exercício físico e colesterol

Pessoa correndo em estrada de terra

Exercício físico ajuda no colesterol?

Quando falamos em colesterol estamos englobando várias frações de colesterol – triglicérides, HDL-colesterol e LDL-colesterol. Todos são necessários, mas o LDL-colesterol só é necessário em valores baixos e quando está elevado é marcador de doença cardiovascular. O HDL-colesterol pelo contrário – quando está baixo é marcador de doença cardiovascular.

Estudos que olharam atividade física e mudanças no perfil de colesterol mostraram que há uma de fato uma melhora. A maioria dos estudos mostra um aumento do colesterol bom (HDL) e diminuição de triglicérides. Parece haver um pouco de redução do colesterol ruim (LDL).

Nem todos as pessoas tem o mesmo efeito. Alguns estudos mostram que mulheres respondem melhor. Existem fatores genéticos que podem ajudar. Quanto mais exercício e quanto maior a intensidade do exercício maior o benefício no HDL-colesterol.

Uma recomendação específica de atividade física deve ser feita no consultório. Praticar alguma atividade física é que melhor do que nenhuma. Se puder, recomenda-se praticar atividade física de moderada intensidade 150 minutos por semana divididos em três ou mais dias.

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Desmaios no banheiro.

Photo by Phil Hearing on Unsplash

Quando vocês buscam informações em meu site, vocês deixam algumas pistas que o google compartilha. Uma das buscas que chamou atenção é a curiosidade sobre desmaios situacionais. Em janeiro fiz um texto em geral sobre desmaios e nesse texto vou focar nos desmaios situacionais.

O que é significa desmaio situacional? É o desmaio que acontece durante ou logo após tossir, engolir, urinar e também defecar. Ainda pode acontecer mais raramente após espirro ou até risada.

Importante! Esse quadro é diferente da perda de consciência primeiro seguido de perda de controle dos esfincteres (ou seja, o paciente se urina ou defeca em suas roupas). Isto acontece, geralmente, na crise convulsiva e não é o desmaio que estou falando no restante desse texto.

Um estudo recente com quase 1500 indivíduos mostrou que uma pessoa em cada 30 tem esse tipo de desmaio. Alguns tem episódios do tipo não situacional também.

A maior parte dos desmaios comumente tem um pródromo. O pródromo são sensações que sentimos, é o mal-estar que se instala logo antes do desmaio. No entanto, quase a metade dos pacientes do estudo com desmaio situacional não apresentou pródromo. Muitos desses pacientes com desmaio situacional usavam medicações para pressão alta. Alguns desses receberam recomendação de seus médicos de reduzir ou interromper as medicações para pressão alta.

O banheiro não é um lugar seguro para cair. Desmaio durante o uso do vaso sanitário, ou logo após, pode levar a batidas e machucados no corpo e cabeça. Se você começar a perceber que está passando mal – suar frio, visão ficando borrada e sumindo nas extremidades, pernas e braços ficando moles – deite-se no chão o mais rápido possível. Espere até se sentir melhor e talvez beba um copo de água.

Os pacientes que tem desmaio situacional, em geral, são pessoas mais velhas e muitas vezes hipertensas. O tipo associado a urinar, em geral, acontece mais com homens enquanto que o tipo associado a defecar, em geral, acontece mais com mulheres.

Em geral, essa condição não é grave, mas raramente o desmaio situacional é a primeira manifestação de uma doença mais grave. Então, mesmo sendo uma situação constrangedora, não deixe de procurar seu médico para avaliação.

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Contemplando a mudança de estilo de vida

Cada vez mais reconhecemos que múltiplos acometimentos que levam a doenças crônicas degenerativas tem origem em padrões de comportamentos. Desde hipertensão e diabetes que são fatores conhecidos para acúmulo de placas de gordura nas artérias do corpo, passando por doenças neurológicas como Parkinson e Alzheimer, e doenças como Depressão e ansiedade e até a fragilidade do Idoso todas são condições que são moduladas pelos padrões de comportamento.

Esses padrões incluem principalmente a alimentação, a atividade física rotineira, o peso corporal, vícios como tabagismo e consumo de álcool e o estresse.

Quando contemplamos mudar nosso padrão de vida precisamos realmente entender o que isto vai envolver e qual vai ser o benefício.

Ninguém é obrigado a tomar nenhum desses passos. Mas é importante entender o que está em jogo.

Na medicina sempre trabalhamos com probabilidade. Para uma previsão perfeita talvez fosse necessário conhecer não somente o estado atual de cada célula e molécula do corpo assim como modelos de interação de acordo com padrões diferentes de comportamento. Isto não parece ser possível em um futuro próximo ou a longo prazo. Portanto, temos modelos de previsão que contém certa imprecisão. Dependendo de alguns fatores conhecidos como idade, sexo, níveis de colesterol por exemplo, podemos fazer uma previsão do risco - ou chance - que você tenha um infarto do coração (veja no episodio 2!) ou derrame cerebral. Quando temos hábitos de vida não saudáveis - como por exemplo sedentarismo e alimentação ruim - esses riscos serão maiores.

Se não mudarmos nossos hábitos isso significa manter esses riscos elevados. Probabilidade é como um sorteio cósmico. Pode não acontecer, mas quanto maior o risco maior a chance de acontecer. Aquelas histórias que todos conhecemos de exceções a essas regras - são exatamente isso, apenas exceções e que chamam atenção por serem incomuns. Por exemplo, aquela pessoa que faz tudo errado e que chega ao 90 anos de idade com a mente lúcida e sem infarto - é como alguém que joga na loteria e sempre tem sorte de ganhar. Não é uma boa estratégia. E se deu certo para uma pessoa, para a maioria das pessoas não haverá um resultado tão bom. Da mesma maneira, talvez também vamos conhecer aquele outro sujeito que sempre foi um modelo da geração saúde e com a melhor alimentação fit e que tem um infarto ou hemorragia cerebral jovem. De novo, se trata de alguém com risco mínimo, mas ainda pode acontecer. Pascal dizia que na medicina como no amor, nem sempre nem nunca. Esses exemplos extremos não devem guiar nossa estratégia ou servir de desculpa para nada fazer.

Portanto nessa proposta que lhe faço de contemplar mudança de estilo de vida você deve fazer a escolha de forma consciente. É uma escolha querer não fazer nenhuma mudança de estilo de vida desde que cada um conheça que está mantendo o seu risco aumentando para doenças cronico-degenerativas. Outro fator que é importante conhecer é que em muitos casos essas doenças degenerativas não são fatais ou fulminantes. Na maioria dos casos essas doenças tem alta morbidade. Isso significa perda de dependência. Isso significa necessidade de cuidadores para as atividades básicas do dia-a-dia. Portanto, não é um impacto apenas pessoal, mas é um impacto em toda a família e pessoas que poderão se voluntariar a cuidar de você. Quem tem infarto ao invés de morrer pode desenvolver uma fraqueza no coração - eu falei disso no episódio xxx. Isso pode significar falta de ar para mínimos esforços, precisar de ajuda para trajetos até dentro de casa.

No derrame cerebral talvez seja mais fácil de entender a perda de autonomia. Dependendo do local do cérebro acometido pela derrame, o paciente poderá perder a mobilidade de parte do corpo, por exemplo o movimento das pernas ou o movimento do braço dominante. Outra possibilidade é perder a capacidade de falar chamado de afasia. Isto levará a perda de sua autonomia e da independência e necessidade de depender de outros para desempenhar as atividades básicas da vida.

Entendo que ter informação é o pressuposto para tomar decisões de forma bem embasadas. Sabendo de todas essas consequências você pode fazer sua escolha de como querer levar sua vida. Agora se depois de toda essa conversa você chegar a conclusão que a mudança vai trazer benefícios e que os benefícios são maiores do que as inconveniências então você atravessou a fase da contemplação. Pode agora começar a partir para ação. Aqui vou fazer uma recomendaçao de um livro: é o Gatilhos de Sucesso de Marshall Goldsmith que trata esse assunto de mudança de comportamento adulto com a seriedade necessária. Mas este é assunto para outro episódio.

Este conteúdo tem objetivo de informar e não tem intenção de substituir a orientação médica em consulta, e não constituem julgamento clínico, diagnóstico ou tratamento. Sempre procure o seu médico sobre perguntas que você tenha sobre sua saúde e condição clínica.

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Coração fraco

Photo by <a href="https://unsplash.com/@kellysikkema?utm_source=unsplash&utm_medium=referral&utm_content=creditCopyText">Kelly Sikkema</a> on <a href="https://unsplash.com/s/photos/broken-heart?utm_source=unsplash&utm_medium=referral&utm_content=cred

Insuficiência cardíaca ou coração fraco é uma condição em que o coração é incapaz de bombear para o corpo a quantidade de sangue necessária para cada órgão. Os problemas acontecem em parte porque alguns órgãos recebem pouco sangue enquanto que em parte porque outros órgãos recebem um excesso promovendo inchaço e acúmulo de líquido. Insuficiência cardíaca acomete 25 milhões de pessoas no Brasil é uma doença que leva a 250000 internações todo ano. 

Existem várias causas. A principal é o ataque do coração que falamos lá no segundo episódio. O ataque do coração acontece pelo entupimento das artérias do coração. Essa parte do coração que não recebe mais sangue sofre um processo de fibrose e não contribui mais com o efeito de bomba do coração. 

A pressão alta durante muitos anos de vida também pode prejudicar o funcionamento do coração tornando-o fraco. Diabetes contribui também. Outra causa importante no Brasil é a doença de Chagas. Outras causas menos comuns são acometimento por vírus, doença das válvulas do coração (por exemplo - reumatismo) e doenças tóxicas e genéticas que vão levar ao prejuízo de funcionamento do coração - tornando-o grande e dilatado.

A fraqueza do coração não é tudo ou nada. Existe em diferentes graus. Nos quadros mais leves a fraqueza do coração limita os maiores esforços. Conforme o quadro é agravado há limitação de tarefas do dia-a-dia. Em sua forma mais grave até tarefas muitas leves são limitadas chegando finalmente até a falta de ar mesmo sem fazer esforço.

Como alguém percebe que está desenvolvendo essa fraqueza?

Em alguns casos é muito nítido. O paciente teve um infarto do coração e após se recuperar percebe que não consegue mais fazer o que fazia antes. Em outros casos o desenvolvimento é lento. Passa até a impressão de perda de condicionamento. As pessoas podem demorar a perceber. Vão adaptando sua rotina. Vão fazendo as coisas mais devagar. O processo pode ser tão gradual que as vezes demorar a perceber o quanto estão se limitando.

Quem está com insuficiência cardíaca pode sentir falta de ar, cansaço para realizar esforços, para realizar esforços do dia-a-dia, inchaço nos pés ou eventualmente pernas. Você pode ter falta de ar para dormir no plano e então para conseguir dormir coloca vários travesseiros ou então passa a dormir sentado. Podem acontecer episódios de acordar a noite angustiado que só melhora ficando de pé, abrindo a janela. Nos piores casos você tem falta de ar e cansaço mesmo sem fazer qualquer esforço.

É possível reverter esse processo?

Precisamos investigar a causa. Algumas causas tem tratamento específico - no caso de entupimento das artérias do coração o desentupimento pode melhorar o desempenho do coração. No caso de doença das válvulas da coração, o reparo da válvula ou a sua substituição pode aliviar a sobrecarga no coração e permitir que volte a bater melhor. O controle da pressão alta poderá melhorar seu desempenho.

Em muitos casos não há um tratamento específico, mas várias medicações mostraram grande benefício no tratamento do coração fraco. 

Tão importante quanto essas medidas, é não abusar do consumo de sal e água. A restrição de sal (no máximo 3 gramas por dia) é fundamental no controle dos sintomas. A restrição de agua geralmente só é necessária nos estágios mais avançados.

Essa combinação de tratamentos – específico, medicações e restrições – melhoram não apenas a fraqueza do coração, mas principalmente reduzem os sintomas de cansaço proporcionando mais anos de vida e anos de vida com qualidade.

Mesmo com os melhores cuidados poderão acontecer episódios de descompensação. Uma infecção - por exemplo da pele, de urina ou do pulmão - poderão descompensar o coração. A ingestão de excesso de sal ou de água pode provocar descompensação. O uso errado de medicações também pode levar à descompensação. Nesses casos, muitas vezes é necessário uma internação para tratar a causa da descompensação e o coração. É necessário tratar a infecção, eliminar o excesso de sal consumido e reiniciar as medicações. Dependendo do caso, medidas mais invasivas podem ser necessárias. Nem sempre o paciente se recupera completamente ao que era antes da descompensação.

Coração fraco não é incomum. Não há necessidade de ficar sofrendo com suas consequências. Com acompanhamento adequado, aderência às orientações, uso correto das medicações conseguimos proporcionar melhora dos sintomas e prolongamento de vida com qualidade. 

Se quiser marcar uma avaliação comigo, basta clicar aqui e agendar um horário. Ficarei feliz em lhe atender.

Este conteúdo tem objetivo de informar e não tem intenção de substituir a orientação médica em consulta, e não constituem julgamento clínico, diagnóstico ou tratamento. Sempre procure o seu médico sobre perguntas que você tenha sobre sua saúde e condição clínica.

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Palpitações

Você eventualmente sente um batimento cardíaco mais forte? Ou então parece que falha um batimento. Pode ser repentino e sumir por horas ou dias e aparecer subitamente de novo. Será que pode ser um sinal de doença cardíaca grave?

Esse é uma das queixas mais comuns do consultório do cardiologista. Na maioria dos casos, a causa é benigna.

O batimento cardíaco normal é rítmico, apresentando pequenas variações com a respiração. Em repouso, o batimento cardíaco varia entre 60 e 100 batimentos por minuto. Atletas muito bem condicionados podem apresentar um batimento cardíaco mais baixo. Pessoas que tomam medicações para desacelerar o coração também tem batimento cardíaco mais baixo.

Pode ser que você esteja sentindo palpitações. É uma oscilação aleatória do batimento cardíaco que em geral é inofensiva.

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O sintoma pode se apresentar de diversas maneiras. Você pode sentir uma rápida vibração/tremor com a sensação de que o coração está muito rápido. Você pode ter a sensação de que o coração pulou um batimento, ou então um batimento mais forte no peito. Você também pode ter a sensação de que o coração está batendo no pescoço.

Palpitações podem ocorrer em diferentes momentos do dia. Podem ser provocadas por:

  • Cafeína

  • Álcool

  • Estresse

  • Insônia

  • Desidratação

  • Medicações para gripe, tosse, dieta

  • Drogas ilícitas.

  • Consumo de nicotina

As palpitações podem ser mais nítidas a noite e quando você está deitado do lado esquerdo.

Raramente as palpitações são sinais de alguma doença grave. Os sintomas que vem junto da palpitação vão desde meras amolações a sintomas mais graves. Palpitações acompanhadas por tontura, perda de consciência – o chamado desmaio – (ou mesmo quase perda de consciência), fraqueza, suar frio, dor no peito, e falta de ar podem ser mais preocupantes. Se você tem palpitação e um desses sintomas juntos, deve procurar atendimento imediato em pronto-socorro. Na verdade, se você tiver qualquer dúvida se a sua palpitação pode ser grave, procure seu médico.

Outras razões para procurar um médico são: quando a palpitação dura mais de um minuto continuamente ou então se as palpitações são muito frequentes. Além disto, quando você já sabe que tem uma doença cardíaca e começou a ter palpitações que você não tinha antes, também deve avisar seu médico.

Doenças que podem cursar com palpitações são:

  • açúcar baixo no sangue

  • pressão baixa

  • arritmia

  • doença da tireóide

  • anemia

Nunca se deve ignorar problemas persistentes. Às vezes uma palpitação é rotulada como estresse e de vez em quando pode ser uma doença cardíaca.

Se você decidir procurar o cardiologista para entender melhor sua palpitação veja as perguntas que podem lhe fazer.

  • Você sente coração acelerado?

  • Você tem a sensação que o coração pulou um batimento?

  • Quanto tempo dura? Qual a frequência?

  • As palpitações começam ou terminam subitamente? Ou tem alguma coisa que faz cessar a palpitação?

  • O que você está fazendo no momento em que acontecem?

  • Acontece em quais horários do dia?

  • Quanta cafeína você consome (café, refrigerante e chocolate)?

  • Quais medicações você faz uso?

  • Alguém na família tem doença do coração?


Investigação

A investigação envolver avaliar as doenças como anemia, excesso de hormônio de tireóide com exames de sangue. O eletrocardiograma é o exame que consegue detectar o sinal elétrico do seu coração. No entanto, o exame comum tem duração de 10 segundos e raramente capta exatamente o sintoma. Em geral é necessário usar um aparelho chamado holter ou um looper. O holter fica registrando um eletrocardiograma por 24 horas. Já o looper pode ficar dias, e quando você aciona o botão do looper, o eletrocardiograma antes de aperta e depois são registrado.

Em alguns casos, a redução do consumo de nicotina e cafeína podem ajudar a reduzir os sintomas. Na maior parte dos casos, a investigação revela que as palpitações são inofensivas e não necessitam de tratamento.

Busque conhecer o seu risco cardiovascular. Sabendo que você tem risco baixo – pode-se preparar melhor e medidas para reduzir o seu risco.

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iPhone 12 e Marcapasso

Se você é portador de um marcapasso ou um cardiodesfibrilador implantável (CDI), você deve ter alguns cuidados com os celulares modernos. A última versão do iPhone da Apple, o iPhone 12 – em seus vários modelos: Mini, regular, Pro e Pro Max possuem uma tecnologia para carregar por indução através do MagSafe. Para isso foram colocados 18 imãs que auxiliam no alinhamento com o cabo do MagSafe.

Fonte: https://www.ifixit.com/Teardown/iPhone+12+and+12+Pro+Teardown/137669

Fonte: https://www.ifixit.com/Teardown/iPhone+12+and+12+Pro+Teardown/137669

Para programar um marcapasso ou um CDI você precisa de um aparelho especializado. Em alguns momentos pode ser necessário mudar a programação do marcapasso de emergência sem esse aparelho. Isto pode acontecer no pronto-socorro ou no centro cirúrgico. Pode haver algo errado com o marcapasso e esse procedimento é muito útil até que chegue o aparelho especializado. Essa reprogramação emergencial é feito colocando um imã em cima do marcapasso.

O problema que está acontecendo é que se você usa seu iPhone 12 novo – com seus 18 imãs – próximo ao marcapasso, por exemplo no bolso da blusa, você estará ativando a programação emergencial do marcapasso. Isto foi demonstrado em um artigo científico. Fora do ambiente hospitalar isto pode ser muito perigoso. A programação emergencial do marcapasso desliga a detecção de batimentos do coração enquanto que a programação emergencial do CDI desliga a sua função de desfibrilação! A desfibrilação é justamente a principal função do CDI, e se acontecer que seu coração tem uma arritmia maligna bem na hora que você colocou o iPhone 12 no bolso da camisa próximo ao CDI, o CDI estará inativado e não fará sua função salvadora de vidas.

Fonte: https://www.heartrhythmjournal.com/article/S1547-5271(20)31227-3/fulltext

Fonte: https://www.heartrhythmjournal.com/article/S1547-5271(20)31227-3/fulltext

A solução no final das contas não é muito complicada – basta nunca deixar o iPhone 12 próximo a seu marcapasso ou CDI. Se existe perigo de você fazer isto acidentalmente, o melhor é não ter esse celular.

No momento é só o iPhone 12 que possui essa propriedade, mas outros celulares poderão ter tecnologias similares que poderão reproduzir esse problema.

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Desmaio

Desmaio ou síncope é a perda de consciência temporária repentina. Isso ocorre junto com a perda da contração de todos os músculos. Isso significa que junto da perda de consciência você perde o tônus muscular – são as contrações musculares que mantém sua postura. Portanto, você relaxa e cai. Em geral, em poucos minutos após a perda de consciência você se recupera completamente. Se tiver alguém que presenciou o desmaio melhor ainda e em tempos de smartphones um vídeo do desmaio pode realmente ajudar a avaliação do médico. Síncope é bastante comum e há relatos de que até 40% de todas as pessoas vai ter uma, pelo menos uma vez na vida.

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A síncope ocorre por diminuição do fluxo de sangue para o cérebro – ou seja redução de oxigênio e açucar para as células do cérebro.

Algumas causas são mais evidentes – levantar rápido demais, desidratação, banho muito quente ou ficar em pé muito tempo (dilatação dos vasos sanguíneos de todo o corpo diminuindo aquele que vai para o cérebro). Algumas medicações podem facilitar a ocorrência da síncope.

Outra causa é a estimulação do nervo vago. Esse nervo diminui a marcha do sistema cardiovascular desacelerando o coração e diminuindo a pressão arterial. Se essa estimulação for muito forte voê desmaia. Funções normais do corpo pode estimular o nervo vago: urinar, defecar, tosse ou até engolir (se quiser saber mais sobre esses desmaios, fiz um texto novo só sobre esses tipos – clique aqui). Incomodo emocional, medo e dor também são outros estímulos. Nesse desmaio você em geral sente a diminuição de sangue no cérebro – começa a passar mal, sente as pernas sem firmeza e a vista fica embaçada ou em túnel. Se alguém estiver com você vai dizer que você está branco ou pálido!

A síncope em si não faz mal e ate é uma tentativa de corrigir o problema. Em geral, com a queda provocada pela síncope o coração não precisa mais vencer a gravidade e facilita o envio de sangue para o cérebro.

Nesse tipo de síncope vagal ou situacional se você perceber a tempo, você pode se deitar e esperar se sentir melhor. Pode ser que consiga evitar o desmaio. Existem outras técnicas que seu médico pode discutir com você na consulta para evitar o desmaio.

Outras causas são graves – problemas cardíacos, valvares, arritmias graves e entupimento das artérias do coração ou de artérias do pulmão. Via de regra (tem exceções!) com essas causas graves, não há mal-estar antes do desmaio. É como se houvesse um botão de desligar o paciente subitamente perde a consciência e cai. Existe uma real possibilidade do paciente se machucar batendo a cabeça e outras partes do corpo. Se for uma dessas causas você definitivamente precisa de atendimento no pronto-socorro. Síncope, nessas circunstâncias, é sinal de uma doença grave e isto significa que pode ser uma doença fatal.

Se você está testemunhando alguém desmaiar, em geral, o episódio tem curta duração – 1 a 2 minutos no máximo. Tente cuidadosamente deitar a pessoa no chão e levantar as pernas. Não dé agua, não ofereça produta com cheiro forte para acordar e não sacuda a vítima! Se após esse curto período não houver recuperação da consciência, chame um serviço de transporte de emergência (Samu no 192 por exemplo).

É possível saber que a síncope não é grave? O médico é treinado para examinar e saber que casos podem ir para casa e investigar no consultório ou quando precisa ficar internado. As especialidades envolvidas são o emergencista que atende no pronto-socorro, enquanto que o cardiologista, neurologista ou clínico geral no consultório. Existem pistas que o médico busca que vão direcionar para uma possibilidade ou para outra. Por exemplo, quanto mais velho e se você já sabe que tem doença cardíaca ou então tem um parente que morreu subitamente aumenta a chance de ser uma síncope do tipo grave.

No pronto-socorro ou consulta médica se prepare para as seguintes perguntas:

  • Já teve outros desmaios?

  • O que você estava fazendo no momento do desmaio? Que posição você estava?

  • Você sentiu algo antes de desmaiar? Começou a passar mal? Turvação da vista? Perdeu firmeza das pernas? Tentou se sentar ou deitar?

  • Sentiu dor no peito? De tipo súbita? Falta de ar?

  • Para a pessoa que testemunho – o paciente estava branco? o paciente ficou completamente mole? ele se machucou na síncope? ocorreram movimentos repetitivos (convulsão?)? Houve perda do controle do intestino ou bexiga?

  • A recuperação foi rápida e completa ou demorada?

  • Como você estava se sentindo após a recuperação completa?

Em geral, se for a primeira vez que teve um desmaio, é melhor procurar atendimento. Pode ser que você chegue a conclusão que é um dos tipos que não é grave. Nesse caso, se apresentar o mesmo quadro pode ser que não seja uma nova ida ao pronto-socorro, desde que essa conduta tenha sido discutida com seu médico. Agora, mesmo que você já tenho tido síncopes prévias, mas apresentou um quadro diferente ou ainda junto com dor no peito ou falta de ar, precisa obrigatoriamente ir procurar atendimento de emergência.

Busque conhecer o seu risco cardiovascular. Sabendo que você tem risco baixo – pode-se preparar melhor e medidas para reduzir o seu risco.

Saiba mais no episódio 7 do podcast E agora doutor!.

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Ataque cardíaco

Ataque cardíaco é um nome popular para uma doença muito grave que é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. O ataque cardíaco também conhecido como angina é a falta de oxigênio e nutrientes no músculo do coração. Em geral é provocoda pelo acúmulo de depósitos de gordura nas artérias do coração. Esses depósitos podem se romper ocluindo completamente a artéria e isto provoca o ataque cardíaco.

A maior parte dos pacientes sente uma dor no peito que descrevem como opressão, peso ou aperto. Em outros casos o paciente descreve uma queimação, um desconforto ou uma angústia. Tem ainda ataques cardíacos que não cursam com dor – se manifestam com desmaio, falta de ar, indigestão, ou fadiga, dentre outros. Esses sintomas mais atípicos são mais comuns em mulheres e pacientes mais velhos.

Nem toda a dor no peito significa ataque cardíaco. Qualquer uma das estruturas do tórax pode ser a origem da dor:

  • Coração

  • Pulmão

  • Esôfago

  • Estômago

  • Músculos entre costelas

  • Costelas

  • Pâncreas

  • Vesícular biliar

Em alguns casos quando toda a investigação é realizada e nada é confirmatório pode-se atribuir a dor a uma somatização ou ainda uma crise de pânica.

Em todo caso, quando a dor for nova, intensa ou então surgir a dúvida – sempre pensar que é um ataque cardíaco.

As obstruções nas artérias dos corações são mais comuns em pessoas com mais idade, em homens, em mulheres após a menopausa, pressão elevada, colesterol elevado, diabetes, fumantes, familiares que tiveram infarto.

Podemos considerar dois tipos de pacientes que têm dor no peito.

No primeiro caso – ele já sabe que tem obstruções nas artérias do coração. Possivelmente até já teve um infarto.

Fazer uso da medicação prescrita – isordil, monocordil e outras. Esse plano deve estar combinado com seu médico.

Se houver resolução da dor – anotar o horário do ocorrido e leve para a próxima consulta com médico.

Se a dor não melhorar ou já for muito intensa – providenciar transporte para serviço médico de emergência. Enquanto aguarda transporte pode tomar segundo comprimido da medicação prescrita.

No segundo caso o quadro é inédito. Considerar se a dor é nova, grave, prolongada e se você suspeitar que possa ser infarto. É mais preocupante se associado a dor tiver sudorese fria, enjôo (náuseas) ou início do episódio após atividade física.

Cada minuto é importante. Sob nenhuma hipótese vá sozinho para o pronto-socorro - você pode perder a consciência e se envolver em um acidente. Ser levado por familiares, amigos ou conhecidos pode eventualmente ser a melhor possibilidade mas corre-se o risco de ter um evento grave no caminho que o leigo não saberá tratar. O ideal é esperar a ambulância.

A aspirina é uma medicação usada nessa situação. Promove afinamento do sangue. Em algumas situações a aspirina pode não ser a melhor idéia. Para saber se você pode ou não usar aspirina nessas situações, você deve consultar seu médico.

Quando chegar a equipe da ambulância ou você chegar no PS é importante deixar claro a queixa no PS para que seja triado para protocolo de dor torácica.

Prevenção - busque conhecer o seu risco cardiovascular. Sabendo que você tem risco baixo – pode-se preparar melhor e medidas para reduzir o seu risco.

Saiba mais no episódio 2 do podcast E agora doutor!.

Imagem: Gan Khoon Lay

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Apresentou fibrilação atrial no seu Apple Watch?

O que fazer se o seu Apple Watch identificar um ritmo de fibrilação atrial.

O Apple watch lançou sua sexta versão dia 15/setembro. Desde a quarta versão o smartwatch é capaz de realizar um eletrocardiograma. O recurso foi finalmente autorizado pela ANVISA no Brasil no dia 9 de julho de 2020*. O eletrocardiograma é um registro do sinal elétrico cardíaco captado por eletrodos na pele. Com esse sinal é possível entender como o seu coração está batendo e até identificar algumas doenças. O eletrocardiograma é interpretado pelo médico, mas a Apple incorporou no relógio um algoritmo que é capaz de reconhecer uma arritmia conhecida como fibrilação atrial. Em um estudo científico o algortimo reconheceu o ritmo irregular e acertou em 71% das vezes. O que é essa arritmia, a fibrilação atrial? O que você deve fazer se o seu Apple watch identificou esse ritmo?

Sistema de condução cardíaco

Sistema de condução cardíaco

Para explicar melhor que é fibrilação atrial, vamos dar um passo atrás e explicar o que é o ritmo normal do coração. O coração tem células especializadas que funcionam como um sistema elétrico, que coordena suas diferentes partes e também quando o órgão deve bater. O sistema elétrico se inicia em um conjunto de células chamado nó sinusal. Esse local responde as necessidades do seu corpo. Iniciou atividade física? O nó sinusal aumenta o seu ritmo para aumentar sua frequência cardíaca. Agora você está descansando? O nó sinusal volta ao ritmo habitual.

Na fibrilação atrial o nó sinusal perde as rédeas do comando e o ritmo passa a ser ditado de maneira aleatória e caótica. Isto leva a dois problemas. O primeiro é que a resposta à atividade do corpo fica prejudicada. O coração pode bater mais rápido ou mais lento do que o necessário. Os episódios de fibrilação atrial podem ser breves, ocasionais, ou mais prolongados. Você pode imaginar o que isto pode acarretar, especialmente em quem tem mais idade. O segundo problema é que a coordenação dos músculos cardíacos é perdida. O sangue que passa pelo coração perde o seu fluxo habitual, com aumento do risco de formação de coágulos. Esses coágulos podem parar em qualquer parte do corpo, inclusive no cerébro. Isso é uma das formas de derrame cerebral. Dependendo do local que for afetado a pessoa pode perder sensações, movimentos, capacidades e habilidades se não for tratada a tempo.

A fibrilação atrial ocorre em 2% de pessoas jovens, mas chega a 10% de quem tem mais de 65 anos de idade. Hipertensão, obesidade, diabetes e consumo de álcool aumentam a probabilidade dessa arritmia. Muitas vezes a alteração do ritmo cardíaco passa completamente despercebida (por isso é tão interessante essa capacidade do relógio inteligente) ou você pode sentir falta de ar, fadiga, tontura, palpitações e dor no peito.

O que você deve fazer então se o seu smart watch lhe notificar uma fibrilação atrial? Primeiro você deve obter uma cópia do registro que o relógio fez. Entre no aplicativo Saúde (ou Health App, na versão em inglês). Escolha coração e depois eletrocardiograma (ECG). Os traçados dos últimos eletrocardiogramas devem aparecer. Se for necessário buscar um eletrocardiograma que não está aparecendo, você pode clicar em todos os dados (All Data) logo abaixo dos eletrocardiogramas. Clique no eletrocardiograma que mostra o ritmo irregular ou fibrilação atrial. Agora você tem a opção de exportar um PDF para seu médico (Export a PDF for your doctor). Selecione essa opção e guarde de alguma maneira para poder me enviar depois** (por exemplo, mande de email para você mesmo). Aqui vai um exemplo para você saber como fica.

Eletrocardiograma registrado com o Apple Watch Series 4 mostrando ritmo normal.

Meu eletrocardiograma registrado com o Apple Watch Series 4 mostrando ritmo sinusal (também conhecido como normal).

Nem sempre o algoritmo do relógio acerta. Algumas vezes o traçado está muito ruim e cheio de interferência e não é possível fazer um diagnóstico. Em 71% dos casos o algoritmo do relógio está correto, mas é necessário verificar para ter certeza do diagnóstico. A fibrilação atrial é um problema que deve ser resolvido logo. Recomenda-se marcar uma consulta nos próximos dias (você pode marcar comigo por WhatsApp clicando aqui). Além de confirmarmos que é de fato uma fibrilação atrial, vários fatores entram na avaliação para confirmar de fato a necessidade de tratamento. É possível, principalmente em pacientes mais jovens, que não seja necessário qualquer tratamento. Mas só podemos chegar a essa conclusão após uma avaliação. A detecção de fibrilação atrial por nossos relógios inteligentes é algo novo, que pode revolucionar o tratamento dessa doença, diminuindo ainda mais o risco de sequelas graves provocados pela arritmia.


* É necessário iOS versão 13.6 ou maior e watchOS 6.2.8 ou maior.

** Se você já tiver seu cardiologista, mande diretamente para ele.

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