Novo tratamento para insuficiência cardíaca

Neste post vou falar sobre uma novidade no tratamento da insuficiência cardíaca – o coração fraco – que está se consolidando cada vez mais. É uma classe de medicações conhecidas como gliflozinas. As gliflozinas começaram a ser ativamente desenvolvidas na década passada e culminando em vários compostos como a empagliflozina, a dapagliflozina e a canagliflozina. Medicações estas que estão disponíveis no Brasil. Essas medicações proporcionam a eliminação do açucar do sangue na urina. Como se pode imaginar, o propósito dessas medicações era para o controle do diabetes e funcionaram muito bem para isto.

Um problema importante na insuficiência cardíaca é a retenção de água. Essa retenção ocorre nos pés, pernas, barriga. Ocorre também no pulmão – é a água do pulmão – levando a falta de ar. O paciente nesse estado não consegue deitar direito por sentir falta de ar, precisa colocar travesseiros para conseguir dormir. As vezes tem de levantar e abrir a janela para melhorar a falta de ar. O fôlego para o dia-a-dia progressivamente vai se perdendo. Logo se torna difícil para caminhar no plano, mesmo distâncias curtas e em alguns casos até trocar de roupa passa a ser um desafio.

Mas surgiu a pergunta, será que as gliflozinas seriam capazer de junto com o açucar eliminar água? Os testes com essa nova medicação foram muito bons. Publicados nas maiores revistas médicas se mostraram revolucionárias para pacientes com insuficiência cardíaca. Foi constatado que essas medicações reduzem as internações pelas descompensações do coração. Os pacientes que usaram essas medicações também viveram mais do que quem não tomou.

Inicialmente foram testadas em pacientes diabéticos com coração fraco. Mas logo os testes foram expandidos para pacientes não diabéticos. Se mostraram efetivas em todos os perfis de pacientes – não diabéticos e diferentes formas de insuficiência cardíaca – chegando ao ponto das diretrizes recomendarem as gliflozinas como umas das primeiras medicaçoes no tratamento da insuficiência cardíaca.

Você reconheceu alguém com esse perfil de sintomas? Vamos agendar uma conversa e avaliar o que podemos fazer para que você viva mais e com melhor qualidade de vida.

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