Palpitações
Você eventualmente sente um batimento cardíaco mais forte? Ou então parece que falha um batimento. Pode ser repentino e sumir por horas ou dias e aparecer subitamente de novo. Será que pode ser um sinal de doença cardíaca grave?
Esse é uma das queixas mais comuns do consultório do cardiologista. Na maioria dos casos, a causa é benigna.
O batimento cardíaco normal é rítmico, apresentando pequenas variações com a respiração. Em repouso, o batimento cardíaco varia entre 60 e 100 batimentos por minuto. Atletas muito bem condicionados podem apresentar um batimento cardíaco mais baixo. Pessoas que tomam medicações para desacelerar o coração também tem batimento cardíaco mais baixo.
Pode ser que você esteja sentindo palpitações. É uma oscilação aleatória do batimento cardíaco que em geral é inofensiva.
O sintoma pode se apresentar de diversas maneiras. Você pode sentir uma rápida vibração/tremor com a sensação de que o coração está muito rápido. Você pode ter a sensação de que o coração pulou um batimento, ou então um batimento mais forte no peito. Você também pode ter a sensação de que o coração está batendo no pescoço.
Palpitações podem ocorrer em diferentes momentos do dia. Podem ser provocadas por:
Cafeína
Álcool
Estresse
Insônia
Desidratação
Medicações para gripe, tosse, dieta
Drogas ilícitas.
Consumo de nicotina
As palpitações podem ser mais nítidas a noite e quando você está deitado do lado esquerdo.
Raramente as palpitações são sinais de alguma doença grave. Os sintomas que vem junto da palpitação vão desde meras amolações a sintomas mais graves. Palpitações acompanhadas por tontura, perda de consciência – o chamado desmaio – (ou mesmo quase perda de consciência), fraqueza, suar frio, dor no peito, e falta de ar podem ser mais preocupantes. Se você tem palpitação e um desses sintomas juntos, deve procurar atendimento imediato em pronto-socorro. Na verdade, se você tiver qualquer dúvida se a sua palpitação pode ser grave, procure seu médico.
Outras razões para procurar um médico são: quando a palpitação dura mais de um minuto continuamente ou então se as palpitações são muito frequentes. Além disto, quando você já sabe que tem uma doença cardíaca e começou a ter palpitações que você não tinha antes, também deve avisar seu médico.
Doenças que podem cursar com palpitações são:
açúcar baixo no sangue
pressão baixa
arritmia
doença da tireóide
anemia
Nunca se deve ignorar problemas persistentes. Às vezes uma palpitação é rotulada como estresse e de vez em quando pode ser uma doença cardíaca.
Se você decidir procurar o cardiologista para entender melhor sua palpitação veja as perguntas que podem lhe fazer.
Você sente coração acelerado?
Você tem a sensação que o coração pulou um batimento?
Quanto tempo dura? Qual a frequência?
As palpitações começam ou terminam subitamente? Ou tem alguma coisa que faz cessar a palpitação?
O que você está fazendo no momento em que acontecem?
Acontece em quais horários do dia?
Quanta cafeína você consome (café, refrigerante e chocolate)?
Quais medicações você faz uso?
Alguém na família tem doença do coração?
Investigação
A investigação envolver avaliar as doenças como anemia, excesso de hormônio de tireóide com exames de sangue. O eletrocardiograma é o exame que consegue detectar o sinal elétrico do seu coração. No entanto, o exame comum tem duração de 10 segundos e raramente capta exatamente o sintoma. Em geral é necessário usar um aparelho chamado holter ou um looper. O holter fica registrando um eletrocardiograma por 24 horas. Já o looper pode ficar dias, e quando você aciona o botão do looper, o eletrocardiograma antes de aperta e depois são registrado.
Em alguns casos, a redução do consumo de nicotina e cafeína podem ajudar a reduzir os sintomas. Na maior parte dos casos, a investigação revela que as palpitações são inofensivas e não necessitam de tratamento.
Busque conhecer o seu risco cardiovascular. Sabendo que você tem risco baixo – pode-se preparar melhor e medidas para reduzir o seu risco.
Este conteúdo tem objetivo de informar e não tem intenção de substituir a orientação médica em consulta, e não constituem julgamento clínico, diagnóstico ou tratamento. Sempre procure o seu médico sobre perguntas que você tenha sobre sua saúde e condição clínica.