Entendendo o escore de cálcio.
A aterosclerose é um processo inflamatório que ocorre nas artérias do coração, geralmente entre as idades de 20 e 30 anos. Fatores genéticos e estilo de vida, incluindo dieta, atividade física, tabagismo e peso corporal, podem contribuir para esse processo. Com o tempo, placas de gordura e cálcio se acumulam nas paredes das artérias, reduzindo o fluxo sanguíneo e aumentando o risco de infarto.
A detecção de cálcio nas artérias coronárias pode ser realizada por meio de tomografia, permitindo uma avaliação precisa da quantidade de aterosclerose. Isso ajuda a determinar o risco de um paciente ter um infarto e morrer. As estatinas são frequentemente prescritas para reduzir esse risco, mas nem todos os pacientes se beneficiam delas.
Para aqueles com fatores de risco, mas sem sintomas cardíacos, a avaliação do escore de cálcio pode ser útil para determinar se o processo de aterosclerose está ocorrendo e se o uso de estatinas é justificado. Pessoas com escore de cálcio zero apresentam risco muito baixo e não precisam de estatinas. Para aqueles com escore acima de 100, a aterosclerose está avançada o suficiente para justificar o uso de estatinas.
A decisão de prescrever estatinas para pacientes com escore de cálcio entre 0 e 100 depende da idade e de outros fatores de risco. Outros fatores que contribuem para a avaliação de risco incluem lipoproteína (a), apoB, proteína C reativa, condições inflamatórias crônicas, insuficiência renal crônica, síndrome metabólica, história de pré-eclâmpsia e menopausa precoce.
O objetivo da avaliação do escore de cálcio é determinar o risco cardiovascular de forma mais precisa, para auxiliar na mudança do estilo de vida e prescrição adequada de medicamentos que possam aumentar a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes.